domingo, 28 de abril de 2013

Verdade?!


Hoje vou falar de um tema que não capta praticamente ninguém, mas que no entanto mudou toda a história da humanidade durante dois milénios. Não é segredo para ninguém que me interesso pela verdadeira religião, melhor dizendo, pela verdade que podemos apenas adquirir por nossa própria pesquisa e vontade. Dizer que Jesus teve filhos com Maria Madalena já não choca ninguém. Dan Brown encarregou-se desse facto. Li então o livro que inspirou esse senhor, um homem que passa a sua vida apenas a tentar encontrar a verdade de todo um acontecimento histórico que ninguém deve negar: a existência de Jesus.

Sou mulher. Acredito nas mulheres. Sei que no mínimo a nossa capacidade mental iguala à de um ser masculino. Sou uma mulher que sente fé também. Sou uma mulher crente. Por conseguinte interrogo-me com aquilo que observo, com aquilo que acontece no mundo. Quantas mulheres vão à igreja? Quantas mulheres veneram padres e professam uma fé que não acredita nelas? Que não lhes dá uma oportunidade de pregar, de ensinar aos outros os evangelhos e de celebrar um acto tão simples como uma missa? Pode ser feminismo puro, mas acho que se trata mesmo é de pura burrice.

No mundo existem milhões e milhões de cristãos, uns praticantes, outros nem tanto, mas a maioria crente. Fico espantada por quase nenhum deles se questionar acerca das leituras que ouvem, dos comportamentos de que os impelem. Mas será que ninguém pergunta PORQUÊ? Aceitam-se como cristãos e nada sabem sobre a vida de Cristo. Nada sabem do Consílio de Niceia, dos actos horrorosos de que santos e papas e bispos mandaram realizar que fazem com que o Hitler pareça um anjo. Nada sabem acerca de nada e isto choca-me! Choca-me porque tenho fé, porque quero que a Humanidade sinta o que foi e o que é Jesus, o que realmente aconteceu e que não vão à missa rezar um Pai-Nosso que apenas sai da boca e nunca chega ao verdadeiro íntimo da pessoa!

O primeiro e único líder cristão que deu poder às mulheres para pregar e lhes mostrou o que era a igualdade foi o próprio Jesus Cristo. Todos os outros que se seguiram e procuraram proteger os seus próprios interesses utilizando o nome dele nunca o fizeram! E revolto-me, porque passados dois mil anos nada muda. E não há uma papisa. E não há mulheres que possuam o poder de, por exemplo, eleger um papa. Será assim tão difícil imaginar mulheres cardeais a andar pelo vaticano?

O povo que seguiu a ideia do verdadeiro cristianismo, que seguia a humildade, a igualdade, o amor pelo próximo foi queimado literalmente vivo a comando de um santo para a igreja católica e por um papa chamado Inocêncio, que de inocência pouco tinha. É com prazer e orgulho que falo deste grupo de pessoas que vendo os bispos recheados com banquetes e pouco preocupados com a espiritualidade dos outros, resolveram abdicar dos seus bens materiais e viver eles próprios de forma simples e honesta, fiéis aos seus princípios e preocupados com a Verdade. Foram os primeiros mártires da inquisição, pois o papa apercebeu-se que o povinho estava a perceber que algo ia mal nos corredores da santa e sagrada instituição.




Curiosamente, quanto mais aprofundo os factos e a pura maldade e destruição que o vaticano arrastou pelo mundo durante décadas, menos interrogações e dúvidas sinto na minha mente e no meu íntimo. A fé existe em cada um de nós. A fé sente-se num gesto de carinho. A fé sente-se num olhar ternurento. A fé sente-se num abraço. Gosto de fechar os olhos e imaginar Jesus com homens e mulheres, a observarem o campo e que tranquilamente saboreiam os seus ensinamentos e respiram a bondade.
Jesus ensinou o que tinha para ensinar e o ser humano nada aproveitou. Aqueles que quiserem a opulência e o poder impuseram à força uma religião, enfiaram pelos nossos ouvidos textos por eles próprios escolhidos, e governaram a sua própria pança durante séculos e séculos. O mais engraçado é que continuam. Uma coisa é certa, Deus me livre de estar no lugar de um papa às portas de S. Pedro.