sábado, 9 de abril de 2011

Todos iguais?

Uma pessoa, um grupo de amigos, uma multidão. Seres sem fim, que passam por nós, mas só porque tem de ser, só porque o destino assim o quis, que um conjunto de desconhecidos se cruzasse eternamente nas ruas.
Sentada numa esplanada, pus-me a pensar. Embora tenha mais que fazer, quando o pensamento vem não há nada que o impeça. Ele é soberano, actualmente considerado semelhante à matéria física, com um poder maior de mudar o mundo do que o próprio presidente dos EUA. Bem, este meu pensamento não mudará nada, sendo até recomendável que tal não aconteça. Simplesmente, todos aqueles indivíduos me pareceram um só. Não em termos de sexo, altura, vestuário ou de peso, seria um ser demasiado estranho mesmo para mim. Um só ser, no sentido em que todos eram e esforçadamente parecem, numa só palavra: normais.
Foi aí que começou o debate mental entre o socialmente aceite e anormalidade. O que é um ser normal? Qual o limite da normalidade? Porque é que o normal não é o anormal?! Se algo é anormal, terá de existir o lado exemplar, para tal comparação. Ora então, quem é que define a anormalidade? A sociedade? Sendo assim sou eu, tu, nós e vós que definem tais padrões.
Há quem diga que os loucos, aqueles que vêm e pensam em coisas que os atrasados dos normais jamais conseguirão ver ou pensar, são na realidade fruto da Teoria da Evolução de Darwin. Tem lógica, se pensarmos que o órgão mais utilizado pelos aberrantes seres desta espécie é o cérebro, estimulando o seu desenvolvimento. Já o uso deste pelo comum dos mortais é em si uma pura anormalidade.
Porra, que a conclusão é que isto é uma mera ilusão. Tal como disse, um pensamento estúpido, que não me levou a lado nenhum e simplesmente cansa, como a grande maioria dos pensamentos anormais.